Você que é Psicóloga, me explica…
Caro colega de profissão, é provável, que você assim como eu já tenha participado de uma conversa que teve inicio com a frase: – Você que é Psicóloga, me explica… Se sim, você também sabe que lá vem uma ” saia justa” para você provar.
Psicologia, um desafio
Via de regra, isto acontece nos lugares mais impróprios como por exemplo: Balada, baile de debutante, Bar mitzvah, velório e por aí vai. Sempre tem alguém como uma prima bulímica, um namorado bipolar, uma tia esquizofrênica solicitando-nos uma ”consultoria breve”.
As perguntas são: – Meu filho não come, o que eu faço? Meu namorado me liga 80 vezes por dia, isto não é normal, né?
Gente!!! E você ali em pé por horas, com o sapato apertando os seus pézinhos consegue francamente responder a estas perguntas de maneira profissional?
E se não fosse Psicóloga?
Fico pensando: Será que se eu fosse proctologista (especialidade médica responsável pelo tratamento das afecções do trato digestório terminal), as pessoas trariam para mim questões tão íntimas à serem resolvidas num momento de lazer?
Ser Psicóloga, um privilégio
Considero privilégio a oportunidade de trabalhar nesta área do sofrimento humano todas as aflições e confusões apresentadas fazem parte da busca pela saúde e/ou autoconhecimento.
A escuta, a digestão de cada história, e sobretudo, o respeito ao meu trabalho e ao dos colegas me emprestam clareza, tenacidade para seguir frequentando os lugares saindo das conversas que começam com: Você que é Psicóloga, me explica… sorrindo enquanto caminho.
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Você é Psicanalista??? Credo!!!!
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