O solo fértil
Aquele é um casal, com o qual convivo há alguns anos. É um casal comum, como tantos outros casais, se conheceram e se apaixonaram.
A paixão foi vivenciada e enaltecida durante os primeiros meses. Depois fizeram planos, para viver juntos.
Aconteceu de tudo entre eles, coisas da vida… Porém foi possível, construir uma história, que contempla o amor.
No desafio diário, da convivência, tiveram que desconstruir coisas: a idealização um do outro, a completude e a felicidade eterna.
Eles priorizaram a expressão das emoções (amor, afeto e cuidado) este foi um aspecto vital desta relação.
Evidentemente, aquele casal se transformou ao longo dos anos, bem como a terra no ciclo das estações.
Viveram Primaveras bonitas de reflorescimento. Verões de temperaturas elevadas com frutificação. Outonos de renovações e ocaso. Invernos frios de recolhimento e noites longas. No entanto, o objetivo de ambos foi amar. Mais do que isso, aquele casal, estabeleceu o próprio jeito de Amar.
E assim, arar o solo fértil que conheciam intimamente bem. Na minha opinião, o que realmente viveram foi o desafio, o risco e até a possibilidade de se perderem.
Amor na experiência direta, viva, contida na vida e no cotidiano.
Gisa Aquino Dineli | Mais textos:
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