Quem me vê sempre parado, distante. Garante que eu não sei sambar.
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar…
Chico Buarque de Holanda
Vamos hoje falar à respeito dos momentos de recolhimento. O que são esses momentos?
São aqueles nos quais o “ser” que é livre para ficar em companhia de si mesmo, faz uma escolha consciente e opta por isto. Costuma ser um momento transformador e tende a ser ótimo, quando tomado como uma opção consciente. Além de ser uma maneira sensacional para o desenvolvimento: do amor próprio e do crescimento pessoal. Perceba, isto é muito diferente da solidão(ler o texto anterior), pois aqui pessoa não isola-se evitando o contato.
O recolhimento tem uma intenção saudável, já que neste o sujeito recolhido em si mesmo experimenta o próprio silêncio, se concentra, se observa e reflete sobre suas próprias escolhas. No início desta recolhida, estar “só consigo mesmo” pode até ser desconfortável, mas é um tempo gratificante para aproveitar-se, perceber-se e encontrar-se. Essa busca da própria revolução é um trabalho individual, só se faz sozinho.
A arte de recolher-se normalmente é uma atitude, uma escolha e também uma forma de criar novas possibilidades, tendo como resultado um equilíbrio interno capaz de construir (e reconstruir) relacionamentos da sua vida.
O recolhimento pode ser vivido como uma fase criativa, sendo assim ao escolher estar nele: esbanje criatividade! Seja um artista criador de si mesmo! Traga poesia, música, dança e beleza para sua vida.
Enquanto estiver em sua boa companhia, delicie-se de si mesmo, vá refazendo e revisitando suas fantasias até que chegue o dia de colocar “O bloco na rua”.
(Texto dedicado ao Psicólogo Marcelo Lovato Penna pela amizade, carinho, recolhidas e acolhidas).
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[…] Recolhimento: Sozinho em boa companhia […]
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